quarta-feira, 15 de junho de 2011

Novidades

O espólio tem sido aumentado ao longo dos anos e no final deste ano lectivo ultrapassa os 7 mil registos.


Balanço

Na escola, e também na biblioteca, ainda há muito trabalho por fazer, mas um breve balanço é já possível.
O levantamento das entradas na BE registou um total de 2927 movimentos ao longo do ano. A inexistência de dados anteriores não permite tirar conclusões desta frequência, que será em média de 10.2 idas à BE por aluno/ano.
Quanto ao empréstimo domiciliário, foram requisitados 565 livros, enquanto no ano lectivo transato esse total foi de 713. Tal deve-se a uma redução do número de alunos e também ao facto de as leituras serem feitas por iniciativa individual, enquanto anteriormente resultavam, com frequência, de leituras obrigatórias recomendadas pelos docentes. Curiosamente, uma vez que subverte os dados obtidos, há na BE a perceção que o número de leitores e leituras aumentou.

Final do ano lectivo

O tempo corre, voa, e mais um ano lectivo está prestes a chegar ao fim. A toda a comunidade educativa desejamos boas férias!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Uma Leitura para o Dia Mundial da Criança

Para não quebrar o encanto - Os Direitos da Criança








Existe na BE.
Inclui a Declaração dos Direitos da Criança



para-nao-quebrar-o-encanto/a/id/193641

Dia Mundial da Criança


Existe uma Declaração Universal dos Direitos da Criança, mas na prática esses direitos são desrespeitados ou ignorados em todos os cantos do mundo e a todas as horas.
As crianças que passam fome, que trabalham desde o momento em que conseguem caminhar, que são exploradas sexualmente, que servem como soldados em muitos teatros de guerra... não sabem que há um dia que lhes é dedicado. Mas mesmo nestes cenários, muitas conseguem sentir-se felizes, ter esperança, sorrir, brincar... e acreditar no futuro.
A pensar em todas as crianças escreveu o poeta:
Liberdade
(...)

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

(...) Fernando Pessoa

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Leituras

Estão em destaque na BE as obras de Banda Desenhada que integram o espólio. Mais uma chamada à leitura, seja ela de que género for!


Livros do Mês

A rubrica Livros do Mês distingue mensalmente três obras. Em maio os destaques recaem sobre BD, integrada nas listagens do PNL: Pêro da Covilhã e a misteriosa viagem de José Ruy, O caranguejo das tenazes de ouro de Hergé e A aventura olímpica – Da Antiguidade a 1924 de C. Moliterni.


Árvore da Poesia

Há uma magnífica árvore na nossa BE!
A nossa árvore já teve folhas outonais - amarelas, vermelhas e castanhas - depois perdeu-as para se encher de coloridas e variadas flores e agora a sua copa está coberta de belas maçãs amarelas e vermelhas. É a Árvore da Poesia, pois em todas as épocas se cobre com alguns dos mais belos poemas jamais escritos.

Coincidências

É impossível conhecer todas as obras existentes numa biblioteca, que neste momento tem mais de 7 mil títulos. Uma leitura casual, permitiu descobrir um poema dedicado ao nosso patrono, encantador na sua simplicidade. Este espaço é ideal para a sua divulgação.

ANTÓNIO RIBEIRO SANCHES

É Penamacor minha pátria
E em Coimbra estudei Medicina.
Por razões que ninguém hoje imagina,
fui obrigado a emigrar.
Viajei muitos países
E, sem esquecer as raízes,
entreguei-me a estudar
o movimento iluminista.
Fui sincero europeísta.

Aprendi que todo o saber
Se enriquece com a observação
E sem madura reflexão
Não é perfeito nenhum fazer.
E que a ciência
Faz apelo à experiência
Para crescer
Em quem a quer entender.

Médico atento e conceituado, em Moscovo,
Homem de estudo, em Paris,
em tudo o que escrevi e fiz
procurei ser pedagogo.

Nunca fui um vagabundo.
Sempre vivi em pobreza.
Fui cidadão do mundo.
Amei a língua portuguesa.

Eugénio Beirão, Beira: um rosto interior. Covilhã: 1999, Ed. de autor.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Exposição de Castelos

Ao longo desta semana (16 a 20 de Maio)está patente na BE uma exposição de castelos, realizados pelos alunos do 5º ano, no âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal. Entusiasmados, os alunos retrataram as vivências da época, inserindo personagens e outros elementos adequados, nas suas obras. Reciclaram materiais que utilizaram com resultados surpreendentes, atraindo muitos visitantes.



Castelos, reis, rainhas e imaginário colectivo

A partir da escola avista-se o castelo de Penamacor. Faz pensar em batalhas e conquistas, na construção de um território conquistado palmo a palmo, sobretudo na raia, tempos que imaginamos difíceis mas aventurosos, que povoamos de mouros e templários, de princesas e cavaleiros, rainhas e reis ... e Penamacor teve um rei!
O episódio enquadra-se no sebastianismo, crença exacerbada no regresso de D. Sebastião que perecera na batalha de Alcácer-Quibir, e ocorreu nos anos 80 do século XVI. Um jovem louceiro da zona de Alcobaça, fez-se passar pelo desaparecido monarca, instalou-se em Penamacor e durante algum tempo terá conseguido convencer a população local da sua condição real. Desmascarado e preso pelos castelhanos, o rapaz foi condenado às galés, mas conseguiu fugir, ignorando-se como terá sido o resto da sua vida.
O escritor José Jorge Letria narra estes factos no seu pequeno livro O rei de Penamacor, onde se lê na página 55:


“(...) Penamacor era uma vila de poucos habitantes, onde eram duros os rigores da invernia e onde os espanhóis eram causa de revolta e de indignação, principalmente quando iam com os seus homens de armas ajudar os portugueses que, ao serviço deles, se encarregavam da cobrança de impostos. Não deparámos com dificuldades quando quisemos instalar a nossa corte. A população acolheu-nos com entusiasmo, cedeu-nos uma bela residência apalaçada e quis que não tivéssemos quaisquer preocupações com alimentação ou com dinheiro. Vivemos, por via dessa grande hospitalidade, dias exaltantes e inesquecíveis.”

Este livro, que pode ser lido na BE, enriquece a história desta vila medieval.

Poesia medieval

A exposição de castelos remete para a Idade Média e a sua riqueza cultural, por vezes ignorada. Ocorre-nos a obra poética do brilhante rei D. Dinis e a esse propósito divulgamos uma das suas  Cantigas de Amigo, cuja toada nos embala num português a ganhar relevância como língua autónoma.


 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

imagem in http://www.enciclopedia.com.pt/new/articles.php

No dia 9 de maio é comemorado o Dia da Europa. Na BE e no hall principal estão expostos materiais sobre o tema, celebrando a “unidade na diversidade” dos 27 países membros da União Europeia.
A ideia de uma Europa unida existia nos sonhos de muitos intelectuais desde há muito. Em Portugal, em 1944-45, perante um continente destruído pela Segunda Guerra, escrevia Adolfo Casais Monteiro, de forma premonitória:


EUROPA
Europa, sonho futuro!
Europa, manhã por vir,
fronteiras sem cães de guarda,
nações com seu riso franco
abertas de par em par!
Europa sem misérias arrastando seus andrajos,
virás um dia? virá o dia
em que renasças purificada?
Serás um dia o lar comum dos que nasceram
no teu solo devastado?
Saberás renascer, Fénix, das cinzas
em que arda enfim, falsa grandeza,
a glória que teus povos se sonharam
— cada um para si te querendo toda?
Europa, sonho futuro,
se algum dia há-de ser!
Europa que não soubeste
ouvir do fundo dos tempos
a voz na treva clamando
que tua grandeza não era
só do espírito seres pródiga
se do pão eras avara!
Tua grandeza a fizeram
os que nunca perguntaram
a raça por quem serviam.
Tua glória a ganharam
mãos que livres modelaram
teu corpo livre de algemas
num sonho sempre a alcançar!
Europa, ó mundo a criar!
Europa, ó sonho por vir
enquanto à terra não desçam
as vozes que já moldaram
tua figura ideal,
Europa, sonho incriado,
até ao dia em que desça
teu espírito sobre as águas!
Europa sem misérias arrastando seus andrajos,
virás um dia? virá o dia
em que renasças purificada?
Serás um dia o lar comum dos que nasceram
no teu solo devastado?
Saberás renascer, Fénix, das cinzas
do teu corpo dividido?
Europa, tu virás só quando entre as nações
o ódio não tiver a última palavra,
ao ódio não guiar a mão avara,
à mão não der alento o cavo som de enterro
— e do rebanho morto, enfim, à luz do dia,
o homem que sonhaste, Europa, seja vida!     (…)


Adolfo Casais Monteiro nasceu no Porto em 1908 e morreu em São Paulo em 1972. Exilara-se em 1954 no Brasil (onde ensinou em várias universidades, com uma breve passagem pelos EUA perto do fim da vida) por motivos políticos.
A sua juventude foi típica de um filho da burguesia portuense ilustrada e liberal, cedo revelando propensão artística. Ainda durante a sua licenciatura, na Faculdade de Letras do Porto, em Ciências Históricas e Filosóficas, estreia –se nas Letras com os poemas de Confusão (1929).
Também nesses anos inicia a sua colaboração com a revista coimbrã Presença, em cuja direcção se integra em 1931, formando o que se torna a direcção «definitiva» da folha de arte e crítica até ao seu fim (já em Segunda Série, em 1940). A sua criação literária é já nestes anos dominada por dois géneros: a poesia e o ensaio.
Em 1954, ano em que parte para o Brasil para participar num congresso mas já com a intenção de aí ficar e enviar uma «carta de chamada» para a mulher e o filho (João Paulo Monteiro, que se lhe juntará em 1963), publica Voo sem Pássaro Dentro (poesia) e vê um antologia de poema seus surgir em castelhano (Adolfo Casais Monteiro). No Brasil mantém actividade poética (surgirá em 1969, como original nas Poesias Completas, O Estrangeiro Definitivo), além de continuar a organizar antologias, com destaque para A Poesia da Presença (1959, no Brasil, 1972, Portugal), reeditada em Portugal (2003).
Tendo ensinado em várias universidades brasileiras, fixa-se em 1962 na Universidade de São Paulo, leccionando Teoria da Literatura.
Manteve sempre em vista a actividade artística e literária em Portugal (onde nunca voltou), como as dedicatórias dos poemas dos últimos livros deixam perceber. Depois de décadas sem que a ensura permitisse, sequer, a publicação do seu nome, em 1969 a Portugália Editora lança o volume Poesias Completas.


 

quarta-feira, 4 de maio de 2011


Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou (...)


Que a liberdade seja sempre celebrada e que a sua fragilidade seja entendida como condição de indispensável protecção!

Na passada semana decorreu o 25 de Abril. Para o festejar reflectidamente, a BE  divulgou poesia sobre a liberdade e o dia da revolução dos cravos. Apresentamos dois dos poemas sobre essa temática, muito apreciados por quem trabalha na BE.

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.
Sophia de Mello Breyner Andresen


QUEM A TEM...

Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas embora escondam tudo
e me queiram, cego e mudo
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Jorge de Sena, Poesia II


Para além da poesia, foram apresentadas as biografias dos Capitães de Abril, foram vistos filmes e realizou-se um bibliopaper sobre a data, para os alunos do 6º e 9º anos.

Depois de Abril chega Maio e o esplendor da Primavera... lembramos o cantor Zeca Afonso e a sua voz canta-nos ao ouvido “Maio, maduro Maio” 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Semana da Leitura

Pois é, a Semana da Leitura já passou e agora é tempo de balanços:
realizaram-se muitas actividades que puseram o enfoque na leitura e, claro, na floresta, que era o tema deste ano.
No dia 21, plantaram-se florestas de leituras – cada turma plantou uma árvore, a sua árvore,  e colocou-lhe um poema no tronco, para a ajudar a crescer.
No dia 22, a turma do 6ºC representou para toda a escola a dramatização do texto A árvore generosa, de Shel Silverstein.
No dia 23, foram entregues os prémios dos concursos de leitura realizados até ao momento.
No dia 24, foi tempo de cantar a Canção da Leitura, elaborada para celebrar a semana.
No dia 25, houve declamação de poemas pela bibliotecária municipal, na sala de professores.
Fez-se a divulgação diária de um poema, escolhido por ciclo, do pré-escolar ao secundário, bem como de outros textos, colocados na Caixa das Leituras, para uso em todas as disciplinas.
No espaço da BE realizou-se ao longo da semana a Hora da Leitura em que participaram 113 alunos, de várias turmas.
Os Encarregados de Educação foram ler às turmas dos seus educandos, abrangendo 165 ouvintes, um pouco mais de 50% de alunos.
Nas restantes escolas do agrupamento realizaram-se igualmente acções de promoção da leitura, dinamizadas pelos vários docentes, com iniciativas próprias e/ou sugeridas/animadas pelas BE.
Passou a Semana da Leitura, viva a leitura!

quarta-feira, 23 de março de 2011


Na Biblioteca Escolar existem muitas obras informativas e narrativas sobre a floresta e as árvores que tu podes ler:
As florestas Tropicais de Rodney Aldis
As Florestas de Dougal Dixon e François Carlier
Floresta Tropical
Floresta Tropical  de Elinor Greenwood            

Jaime e as bolotas de Tim Bowley, ilustrado por Inés Vilpi

A grande árvore de Susanna Tamaro
Ismael e Chopin de Miguel Sousa Tavares, ilustrado por Fernanda Fragateiro
Beatriz e o plátano de Ilse Losa

“ (...)
E todos os anos, milhares de bolotas caem dos seus ramos...
Os esquilos comem algumas.
Os cavalos esmagam alguns rebentos.
As cabras comem alguns.
As crianças partem alguns ramos.
Alguns crescem até se transformarem em árvores e depois cortam-nas para fazer lenha.
Mas alguns crescem até se transformarem em bonitos carvalhos que todos os anos nos dão...
                                                                                                                           milhares de bolotas!”

in Jaime e as bolotas, Tim Bowley


Boas leituras ao longo desta semana e sempre!!








Vamos ler! É a Semana da Leitura!
De 21 a 25 de março decorre a Semana da leitura!
Como 2011 é o Ano Internacional das Florestas, o tema para as leituras deste ano é a floresta.
Planta então uma floresta!
Porque como tão bem escreveu Luísa Ducla Soares:
Quem planta uma floresta
planta uma festa
(...)
Planta uma árvore:
As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
(...)
António Gedeão

Ou planta uma biblioteca:
(...)
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.

Jorge Sousa Braga




quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

“Um livro aberto é um cérebro que fala; fechado, um amigo que espera; esquecido, uma alma que perdoa; destruído, um coração que chora.” Provérbio Hindu

Escritores

Anthony Browne

É um grande autor e ilustrador inglês de livros infantis, somando cerca de 40 títulos editados. Foi aluno do Leeds Art College, tendo-se licenciado em artes gráficas no ano de 1967. Recebeu vários prémios, dos quais se destacam o Kate Greenaway Medal em 1983 (Gorilla) e 1992 (Zoo); o Prémio Kurt Maschler, por Gorilla(1983), Alice’s Adventure in Wonderland (1988) e Voices in the Park (1998). É detentor do muito prestigiado prémio Hans Christian Andersen (o «Nobel» da literatura infantil) de ilustração, no ano 2000. Mais recentemente foi ilustrador residente das célebres galerias Tate.
Na tua biblioteca existe um título deste autor:

Certa noite fui acordado por um som terrível. Na manhã seguinte estava tudo silencioso. O Papá não estava. Perguntei á mamã quando é que ele voltava, mas ela não parecia saber. Tinha saudades do papá...”

O protagonista desta história identifica-se implicitamente com o Capuchinho Vermelho: o seu pai não está em casa, a mãe pede-lhe para levar um bolo á avó que está doente e, tal como a menina do conto clássico, tem que escolher entre um caminho longo e outro curto para  chegar ao seu destino.  


Disponível em http://www.wook.pt/ficha/pelafloresta/a/id/225878

Promoção da Leitura  


Vamos ler!
Vamos à biblioteca!


Novos títulos na BE:
1º Ciclo  
O espantalho enamorado                                                                 Guido Visconti               
O livro das datas                                                                              Luísa Ducla Soares         
Frederico                                                                                          Leo Lionni                      
Pela floresta                                                                                     Anthony Browne                
O rei batoteiro                                                                                  Margarida Castel-Branco      
O livro dos exageros                                                                        António Mota                       
Seis histórias às avessas                                                                  Luísa Ducla Soares          
A vergonha de Takao                                                                       Hélène Suzonni                   
O Palácio do Príncipe Sapo                                                             Jostein Gaarder                   
Para não quebrar o encanto: os direitos das crianças                    Vergílio Alberto Vieira   
Lengalengas                                                                                      Márcia Marques                
Uma família de chapéus                                                                   Maria João Carvalho         

 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Escritores

Armindo José Rodrigues (1904 –1993) foi um médico, tradutor e poeta português do movimento neo-realista português. Colaborou nas revistas Colóquio-Letras, Seara Nova e Vértice e nos jornais O Diabo e Notícias do Bloqueio.
Foi preso diversas vezes durante o salazarismo devido às suas ideias políticas contrárias ao regime. Antifascista, participou nas campanhas eleitorais de Arlindo Vicente e de Norton de Matos, nos anos 1945, 1949 e 1958, e fez parte do Movimento de Unidade Democrática (MUD).
Foi um dos fundadores do PEN Club Português, juntamente com outros escritores portugueses de renome, tendo sido nomeado vogal, e fez traduções de autores como André Malraux, Alain-Fournier, Mikhail Cholokov e Oscar Wilde.
Armindo Rodrigues deixou obra de vulto, mas a sua poesia é pouco conhecida, o que é uma perda, dada a profundidade do seu pensamento. Vale a pena lê-lo. Eis um poema seu:
RUMO
Ergue-se
do mundo
em mim o que sou.
Estou talvez só.
Mas com decisão
na dor o aceito.

Que importa o rumo
por que sigo
ser imperfeito?

Exacto e duro,
tudo procuro
compreender.
Pensar é ir.
Ir é ser.

in A Esperança Desesperada