quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Um poema de Pablo Neruda

"Sê"
 

Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.

Pablo Neruda
Poeta chileno do século XX (1904-1973), que recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1971.
Comprometido politicamente com o marxismo, a sua poesia pretendia intervir social e eticamente.

Uma lengalenga sabe sempre bem

Por aquela serra acima
vinte e cinco cegos vão,
cada cego leva um moço,
Cada moço leva um cão.
O cego dá pão ao moço e
O moço dá pão ao cão.

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